Esta imponente peça foi originariamente concebida para o postigo de São Roque que se situava, no princípio do século XVI, na Torre de Álvaro Pais, junto à antiga Ermida de São Roque. A presente escultura, que resistiu ao terramoto de Lisboa, manteve-se no seu local até 1835, altura em que a Câmara de Lisboa procedeu à demolição dos restos da Torre de Álvaro Pais, tendo sido entretanto guardada em vários locais.

O Santo é representado com a sua tradicional iconografia, o cão e o anjo a seus pés, a chaga de pestífero exibida na perna direita, o trajo de peregrino, faltando-lhe apenas o bastão e a cabaça, na mão direita. O cromatismo inicial, quase integralmente conservado, é dotado de grande equilíbrio e sobriedade através da acentuação de tons de azul, verde e rosa em contraste com as carnações. A escultura apresenta na sua base a inscrição a: S.ROCHE.ORA.PRO.NOBIS.