Construído pelo marceneiro Giuseppe Palms, com colaboração de Giuseppe Fochetti e Giuseppe Voyet na pintura e simulação de mármores e figuras, de Agostino Masucci na reprodução sobre cobre das telas, e do miniaturista Genaro Nicoletti, o modelo da Capela de S. João Batista constitui objeto de particular raridade em Portugal e de maior relevo para a história da arquitetura em Portugal.

Esta peça, que se manteve longamente na posse da família Ludovice foi, em 1882, entregue ao Museu Nacional de Belas Artes. Devido ao seu mau estado de conservação, o modelo foi restaurado em 1879 por Diodato Guedes e Sebastião Ferreira d’Almeida. A 6 de novembro deste mesmo ano, o Museu de Belas Artes pediu autorização ao então Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, para que o pintor Silva Porto, da mesma Academia, pudesse visitar in loco a Capela “a fim de poder restaurar os quadros do modelo da referida capella, que esta Academia possue”. No final do século XIX, esta peça caiu no agrado da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, após ter recebido da Casa Real a posse administrativa da Capela de S. João Baptista, em 1892. Nas vésperas da inauguração do novo “Museu do Tesouro da Capela de São João Baptista”, em 1905, foi o modelo adquirido pela Santa Casa, após solicitação do Provedor ao Presidente da Academia de Belas Artes, em 8 de outubro de 1904.